MUNDO ESTRANHO:
PERGUNTAS & RESPOSTAS

A partir de agora, o Conhecimento Cerebral traz em parceria com a revista Mundo Estranho, a série de matérias que despertará ainda mais sua curiosidade, resultando em mais conhecimento para você, chamada de MUNDO ESTRANHO: PERGUNTAS & RESPOSTAS. Para quem não sabe, essa revista traz mensalmente em suas publicações impressas, perguntas, que podem ser sugestão de seus leitores ou escolha dos editores, e a resposta para tal, de um jeito de dinâmico e explicativo. Por isso, resolvemos transformá-la em mais uma série de matérias para o blog. Preparado? Então, embarque você também neste mundo do conhecimento.


QUAIS OS DEZ ANIMAIS COM MAIOR RISCO DE EXTINÇÃO?


Pergunta: Matheus Augusto Coelho de Barros, Ribeirão Preto, SP
Reportagem: Mariana Rizzatto
Ilustra: Diego Sanches
Design: Ale Kalko
Edição: Bruno Lazaretti

10: SAOLA
  • Onde: Vietnã e Laos
  • Quantos restam: Até 300
Este animal só foi descoberto em 1992 e já corria o risco de extinção. Ele tem uma cor castanho-escuro e manchas brancas no corpo, mas o que mais surpreende são os dois chifres com mais de 50 cm. O motivo pela ameaça de sua existência é a caça: muitas vezes caçadores querem pegar javalis, mas a saola cai na armadilha. A perda do habitat na região conflituosa em que habitam também é um fato. 

9: BALEIA-FRANCA-DO-ATLÂNTICO-NORTE

  • Onde: Atlântico Norte
  • Quantos restam: 275
Ela pode atingir mais de 70 toneladas e medir mais de 18 m, mas não resistiu ao auge da caça de baleias no século 19, além de acidentes com navios, enroscos em aparatos de pesca e mudança climática. Com baixa taxa de natalidade e uma população minúscula, cada morte dessa espécie empurra-a rumo à extinção.

8: RINOCERONTE-DE-SUMATRA
  • Onde: Ilhas de Sumatra e Bornéu
  • Quantos restam: 275
Esta espécie é a menor dentre os rinocerontes e a única na Ásia que possui dois chifres. Também possui uma espécie de cabelo marrom-acastanhado. O motivo da baixa população é a caça para uso dos seus chifres, e apenas duas fêmeas, que estão em cativeiro, têm reproduzido nos últimos 15 anos.

7: KOUPREY

  • Onde: Indochina
  • Quantos restam: 250
O kouprey é uma espécie de boi selvagem que sobrevive apenas nas selvas do norte do Camboja e possui um corpo alto e estreito. A ameaça à sua existência se deve à caça para o comércio de chifres e crânio - que são vendidos a preços muito altos no mercado negro oriental - e à perda de habitat durante as guerras e conflitos na Indochina.

6: GORILA-DO-RIO-CROSS
  • Onde: Nigéria e Camarões
  • Quantos restam: Até 200
Esta subespécie de gorila é facilmente confundida com o gorila-do-ocidente, a mais populosa do mundo. Mas a diferença é encontrada na dimensão do crânio e dos dentes - além da população à beira da extinção. Os menos de 200 restantes se espalham em dez grupos isolados na mesma floresta. Os algozes dessa espécie foram a redução do habitat com o crescimento da pecuária e a caça ilegal.

5: TIGRE-DO-SUL-DA-CHINA
  • Onde: China
  • Quantos restam: 80
Em 1950, existiam cerca de 4 mil exemplares desse tigre no mundo. Atualmente, uma projeção otimista coloca esse número como 80, sendo que desde 1970 nenhum deles foi avistado na natureza. O massacre aconteceu em 1959, quando o governo chinês declarou o animal como praga e encorajou a caça. Foi em 1977 que o governo voltou atrás e passou a proteger a subespécie.

4: VAQUITA

  • Onde: Golfo da Califórnia, México
  • Quantos restam: 60
É o mamífero marinho mais raro do mundo. O motivo que pode extingui-lo é a pesca de arrasto, já que as vaquitas são os cetáceos com território marinho mais restrito da natureza: só são endêmicas de uma área marítima de 1.500 km² no Golfo da Califórnia. Se os esforços de conservacionistas não renderem, a vaquita pode desaparecer até 2018. 

3: RINOCERONTE-DE-JAVA
  • Onde: Java, na Indonésia
  • Quantos restam: 60
Originalmente encontrado em várias partes do Sudeste Asiático, China e Índia, os menos de 60 restantes só existem agora na ilha principal da Indonésia. O último exemplar do Vietnã foi caçado e morto em 2010, época em que seu chifre valia mais do que ouro no mercado negro. O animal também está à beira da extinção pela destruição do seu habitat durante conflitos e guerras na região.

2: LEOPARDO-DE-AMUR
  • Onde: Extremo leste da Rússia e norte da China
  • Quantos restam: 60
Estes grandes felinos de hábitos solitários quase desapareceram por causa da caça ilegal, motivada em grande parte pela venda de sua pele. Hoje, são apenas 60 leopardos-do-amur vivos na natureza - e isso porque os esforços de conservacionistas conseguiram dobrar a população em oito anos. Isso mesmo, em 2027, eram 30 leopardos.

1: RINOCERONTE-BRANCO-DO-NORTE
  • Onde: Quênia
  • Quantos restam: 3
Existem apenas três exemplares da subespécie no mundo, um macho e duas fêmeas, e elas estão em semicativeiro com segurança 24h. Originários de várias partes da África, os rinocerontes-brancos-do-norte quase sumiram do mapa por causa da caça ilegal pelos seus chifres, que valem fortunas no mercado negro oriental porque supostamente curam doenças.

FONTES: WWF e The Guardian

MUNDO ESTRANHO: PERGUNTAS & RESPOSTAS foi retirado da revista MUNDO ESTRANHO - Edição 190, págs. 50 e 51. Janeiro de 2017. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista MUNDO ESTRANHO e a Editora Abril.


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