GEOGRAFIA:
VESTIBULAR E ENEM


O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A geografia é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - Geografia: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 2: LITOSFERA - RELEVO DO BRASIL


TERRA (VELHA) À VISTA!
Os principais tipos de relevo do Brasil foram esculpidos sobre rochas de milhões de anos



Apesar de o Brasil ser uma nação relativamente jovem, com pouco mais de 500 anos, contando a partir da chegada dos portugueses, seus terrenos são de outras eras. Tudo teve início há cerca de 4,5 milhões de anos, quando a litosfera começou a se formar, com o resfriamento do magma, e, mais tarde, com os movimentos das placas tectônicas. Nesses primórdios da história terrestre, durante a era Arqueozoica, as primeiras rochas deram origem aos escudos cristalinos, ou maciços antigos, um dos dois tipos de formação geológica que ocorrem no Brasil. Do longo processo de erosão dos escudos cristalinos surgiu outro tipo de estrutura de rochas formadas pela desagregação de outras rochas e de diferentes materiais (veja a estrutura geológica brasileira no mapa abaixo).



Em razão dessa formação antiga, e sofrendo há milênios com a erosão de agentes do intemperismo como ventos e chuva, as atitudes por aqui são modestas: aproximadamente 40% do território se encontra abaixo de 200 metros de altitude e cerca de 90% não passa de 900 metros. Outro fator para termos um relevo considerado tão baixo é a ausência dos dobramentos modernos que deram origem a imensas cadeias de montanhas, como os Alpes e os Andes. Isso ocorre porque o Brasil se localiza bem no meio da placa Sul-Americana, longe das zonas de choque entre as placas tectônicas, onde se dão os movimentos de soerguimento ou afundamento das placas.

Sem as cadeias de montanhas, sobram-nos outros três principais tipos de relevo: planaltos, planícies e depressões. Com base nisso, no decorrer dos anos, os estudiosos propuseram várias classificações do perfil geográfico brasileiro. A mais aceita foi estabelecida, nos anos 1990, pelo geógrafo Jurandyr Ross, da Universidade de São Paulo (USP). Considerando o processo de formação dos diversos relevos do mundo, também a altitude das formações do Brasil, Ross chegou à definição de 28 estruturas no país: 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. (veja mais em Por Dentro do Globo). Veja logo abaixo três destaques do ancestral relevo brasileiro.


DESTAQUES DO RELEVO BRASILEIRO

PONTOS MAIS ALTOS DO BRASIL
(em metros)

1 2.993   Pico da Neblina
2 2.972   Pico 31 de Março
3 2.891   Pico da Bandeira
4 2.798   Pico Pedra da Mina
5 2.791   Pico das Agulhas Negras
6 2.769   Pico do Cristal
7 2.734   Monte Roraima
8 2.698   Morro do Couto
9 2.670   Pedra do Sino de Itatiaia
10 2.665 Pico Três Estados

Fontes: IBGE e Juradyr Ross


PLANÍCIES E TABULEIROS LITORÂNEOS
Relevo característico do litoral das regiões Norte e Nordeste e do norte do Espírito Santo, constitui-se da combinação das planícies, formadas pela deposição dos sedimentos de rios e do mar, e dos tabuleiros, terrenos de baixa altitude (entre 30 e 60 metros) que terminam de forma abrupta na costa, em escarpas - neste caso chamadas de falésias. Na definição de Ross, as planícies são superfícies planas e áreas em que o processo de acumulação de sedimentos é maior que o erosivo.

DEPRESSÃO DO ARAGUAIA
Acompanhando o leito do Rio Araguaia, essa depressão tem superfície entre 300 e 400 metros de altitude, configura-se uma depressão por estar abaixo dos terrenos que a circundam. Na definição de Ross, depressões são superfícies formadas por processos erosivos, com suave inclinação e menos irregulares que planaltos. Entre as 11 depressões brasileiras, também merecem destaque a depressão da Amazônia Ocidental (com cerca de 200 metros de altitude) e a depressão da borda leste da bacia do Paraná (que chega a atingir altitudes entre 600 e 750 metros).

PLANALTOS E SERRAS DO ATLÂNTICO LESTE-SUDESTE
Estendendo-se do sul da Bahia ao sul do país, esse imenso planalto é composto de diferentes subunidades morfológicas, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. Seus terrenos são formados de antigos escudos cristalinos, que, em alguns pontos, e há milhões de anos, foram erguidos por movimentos resultantes do choque entre placas tectônicas a grande distância. O resultado disso é vales profundos, escarpas (terrenos muito íngremes extensas e horizontais, de elevada altitude) e elevações, como o Pico das Agulhas Negras, na Serra do Itatiaia (MG/RJ), de 2.791,55 metros; Na definição de Ross, o planalto caracteriza-se por ser uma região em que o processo erosivo supera o de acumulação - são conhecidos como formas residuais, ou seja, resultantes do processo de erosão. Além de cristalinos, podem ser sedimentares, como é o caso dos Planaltos Residuais Norte-Amazônicos.


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