SAÚDE


"VACINA CONTRA A GRIPE PROTEGE O CORAÇÃO"
"Médico explica por que a vacina contra essa doença é especialmente importante para quem tem maior risco cardiovascular"


Por: Dr. Artur Timerman*

"O mês de abril, que antecede o início da temporada mais fria do ano, é um período estratégico para a vacinação contra a gripe, que se realiza na rede pública do país. Todas as pessoas que têm algum tipo de alteração ou doença cardiovascular podem e devem ser vacinadas gratuitamente, mesmo não estando nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde: indivíduos acima dos 60 anos; crianças de 6 meses a 5 anos; gestantes; mulheres até 45 dias após o parto; trabalhadores do segmento da saúde; povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; e professores de escolas públicas e privadas.
Sim, a vacina contra a gripe é uma aliada do coração. Isso porque a infecção pelo vírus influenza, ao provocar febre, pode alterar a frequência cardíaca, sobrecarregando o bombeamento de sangue pelo coração. Há risco ainda, de a pessoa gripada contrair pneumonia, quadro capaz de gerar maior complicação em quem já tem um problema cardiovascular.
Neste ano, temos um fator agravante: a variedade da gripe que provocou um surto no Hemisfério Norte, principalmente nos Estados Unidos, tem sido associada a casos mais graves da doença. O vírus em questão é o H3N2. Este, assim como o H1N1 e o Influenza B, está contemplada na vacina atualizada para 2018 que será provida pela rede pública de saúde.
Cabe esclarecer que a vacina da gripe, produzida por vírus mortos, dificilmente apresenta efeitos colaterais. Reações adversas graves são raras. Os benefícios da prevenção, porém, são muitos.
Além desse imunizante, também se recomenda tomar a vacina pneumocócica, que combate a bactéria pneumococo. Ela deve ser administrada em duas doses: a primeira da vacina conjugada (13-valente) e a segunda, aplicada seis meses depois, da vacina contendo somente polissacarídeos do pneumococo. Há um reforço após os 65 anos e no caso de pessoas com alto risco, mas nunca em intervalos menores do que cinco anos.
Em caso de dúvida sobre esses imunizantes, procure orientação de um profissional da saúde. Para evitar problemas nos postos de vacinação, vale levar uma receita médica ou qualquer documento que comprove a existência do problema cardiovascular."


Matéria retirada do site SAÚDE, 04 de abril de 2018 (Acesso: 08/04/2018)

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