CONHECIMENTO CEREBRAL DESTACA EBOLA!


"SURTO - O EBOLA ASSUSTA DE NOVO"
"Vírus reaparece no Congo. Mais de 7 mil doses da vacina ainda em teste foram enviadas para contê-lo"


"Algumas ameaças em saúde pública demandam combate tão urgente que dispensam uma das regras de ouro da medicina, a que determina que tratamentos sejam usados depois de terem eficácia comprovada e de serem aprovados pelos órgãos de regulamentação. É o caso do que ocorre agora, com o uso de cerca de 7,5 mil doses da única vacina em estudo contra o Ebola. O vírus reapareceu na República democrática do Congo, na África, e desde o início do mês, fez 58 vítimas. Do total, 27 morreram. A gravidade do surto exigiu que as autoridades médicas recorressem ao imunizante, produzido pelo laboratório Merck e ainda em fase de pesquisa. É nele que se deposita parte da esperança de contê-lo.
O surgimento do Ebola é sempre assustador. O vírus é transmitido por meio de sangue ou do contato com secreções infectadas, o que torna sua disseminação rápida em localidades com condições sanitárias precárias, e tem alta mortalidade. Na epidemia na África entre 2014 e 2016, onze mil pessoas morreram. Neste ano, as condições são particularmente mais complicadas. A maior parte dos casos ocorre em uma área remota de Bikoro, pobre e de difícil acesso, e quatro casos ocorreram em Mbandaka, cidade com 1,2 milhão de habitantes, indicando alto risco de proliferação urbana. Além disso, muitos dos doentes são profissionais de saúde, reduzindo a força de assistência."


"A decisão pelo uso do imunizante foi da Organização Mundial da Saúde. Ele foi testado em 16 mil pessoas e, em 2015, aplicado na Guiné em menor escala do que a atual. 'A vacina será a chave para deter o surto', anunciou Tedros Ghebreyesus, diretor da entidade. Sua eficácia é estimada entre 75% a 100%, índice inédito entre o que tem sido testado. A prevenção abrange ainda o alerta sanitário - nove países estão em atenção - e de barreiras epidemiológicas na região. Um desafio, porém, é combater falsas crenças. Na semana passada, três pacientes fugiram do hospital Mbandaka, levadas pelas famílias para serem tratadas por curandeiros. Duas morreram. C.P."

A matéria acima foi retirada da revista ISTOÉ - Ano 41 - nº 2527, pág. 75. 30 de maio de 2018. Todos os direitos são reservados exclusivamente à revista ISTOÉ e à Editora Três.


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