HISTÓRIA:
VESTIBULAR E ENEM



O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A história é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - História: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 4: IDADE CONTEMPORÂNEA - PRIMAVERA DOS POVOS E COMUNA DE PARIS


PARIS EM CHAMAS
No século XIX, a capital francesa foi palco de movimentos revolucionários de inspiração socialista que tinham como objetivo levar a classe trabalhadora ao poder


A influência do ideário socialista se manifestou em dois movimentos revolucionários importantes que eclodiram na França do século XIX: as Revoluções de 1848 e a Comuna de Paris.


AS REVOLUÇÕES DE 1848

Paris foi o polo irradiador da onda revolucionária que atingiu a Europa em 1848, que ficou conhecida como Primavera dos Povos. Desde meados dos anos 1840, grupos de oposição na França reivindicavam leis que garantissem as liberdades públicas de organização e manifestação, o fim do regime censitário e o combate à corrupção. Em fevereiro de 1848, num ambiente de grave crise econômica, a oposição convocou uma grande manifestação em Paris, que foi proibida pelo governo de Luis Felipe, conhecido como o "rei dos banqueiros".

Apoiados pelos socialistas, os operários ergueram barricadas por toda Paris e enfrentaram a Guarda Nacional. Após dois dias de combates, os revolucionários saíram vitoriosos. O "rei dos banqueiros" foi deposto, e os revoltosos implantaram a Segunda República na França.

O governo provisório francês, pela primeira vez na história integrado por representantes socialistas, aprovou várias medidas de caráter social, como o direito ao trabalho e a redução da jornada trabalhista. Entretanto, nas eleições da nova Assembleia Nacional, a maioria dos deputados eleitos alinhou-se à conservadora burguesia francesa. Com isso, as medidas aprovadas pelo governo provisório a favor da classe trabalhadora acabaram sendo revogadas. Os trabalhadores reagiram com uma nova jornada de revoltas e protestos, violentamente reprimida pela Guarda Nacional. Cerca de 3 mil trabalhadores foram mortos e 15 mil, presos e deportados para as colônias.

Na França e em outros países europeus, o movimento dos trabalhadores despertou enormes esperanças, mas as tentativas de instauração de regimes democráticos foram sufocadas pela ordem, que reassumiram o controle da situação.

As revoluções de 1848 são consideradas um marco importante, pois, a partir delas, a burguesia abriu mão de seu projeto revolucionário e se converteu no agente de defesa a ordem. Agora, caberia aos trabalhadores a tarefa de dar continuidade as transformações da ordem social burguesa, com um projeto político próprio.

A COMUNA DE PARIS

Com a derrota da França para a Prússia, na guerra de 1871, os republicanos e os socialistas que controlavam Paris não aceitaram os termos do acordo de paz e desafiaram os prussianos a invadir e conquistar a cidade. Os socialistas e os comunistas, com o apoio dos trabalhadores, proclamaram, então, um governo revolucionário, conhecido como Comuna de Paris.

Foi a primeira vez na história que um governo assumiu e implementou um programa de reformas inspirado no ideário comunista: a propriedade privada foi abolida, criou-se um sistema de democracia direta, foi instituído o ensino gratuito e obrigatório, a população foi armada e os operários assumiram o controle da economia e do destino da cidade.

Contrária a essas medidas, a burguesia francesa, reunida em Versalhes, aliou-se aos prussianos. Juntas, tropas francesas e da Prússia invadiram Paris e promoveram o maior banho de sangue ocorrido na história da cidade até então, em que 20 mil pessoas foram fuziladas e mais de 50 mil, presas ou exiladas. Após 72 dias, chegava ao fim a Comuna de Paris.


Pág. 62 (GE: HISTÓRIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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