HISTÓRIA:
VESTIBULAR E ENEM



O Enem e os vestibulares estão chegando, e junto com eles, as temidas provas que englobam e requerem muito conhecimento sobre os mais diversos assuntos e disciplinas. A história é uma delas. Aliás, uma das mais importantes. Por isso, para ajudar você ainda mais em seus estudos, à partir de agora, o Conhecimento Cerebral irá disponibilizar gratuitamente, os assuntos mais importantes dessa disciplina com o conteúdo didático, baseado na atualidade, do Guia do Estudante (GE)O material será dividido em capítulos, de acordo com o livro GE - História: Vestibular e Enem 2018, e ao final de cada um deles, serão disponibilizados exercícios para que você treine e memorize o que foi aprendido, preparando-se para os vestibulares e concursos públicos. O Conhecimento Cerebral agradece e deseja bom estudo!


CAPÍTULO 4: IDADE CONTEMPORÂNEA - GUERRA FRIA


DIVISÃO POLÍTICA E UNIDADE NUCLEAR
A Guerra Fria marca um dos períodos mais tensos da história: por décadas, o mundo viveu sob a tutela de duas superpotências rivais e o temor de um apocalíptico conflito atômico


A Guerra Fria foi o confronto ideológico, político, econômico e militar entre os dois blocos internacionais formados no fim da II Guerra Mundial: o capitalista liderados pelos Estados Unidos (EUA) - e o socialista - encabeçado pela União Soviética (URSS). O enfrentamento durou até a queda do Muro de Berlim, em 1989, que simbolizou o fim do bloco socialista.

DIVISÃO

A polarização do mundo entre os dois maiores vencedores da II Guerra Mundial começou logo após o fim do conflito. Os EUA garantiram sua hegemonia sobre o oeste da Europa por meio do Plano Marshall, de 1948. A URSS projetou-se sobre o Leste Europeu, estimulando a instalação do socialismo nos países que haviam libertado do julgo nazista. Na visão ocidental, ao estabelecerem tais regimes autoritários e isolados, os soviéticos penduraram no meio do continente uma cortina de ferro - expressão utilizada desde o século XIX e resgatada pelo ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, em 1946.

Em nenhum lugar da Europa a divisão foi tão visível quanto na Alemanha. Em 1949, o país foi dividido em dois: as zonas de ocupação francesa, britânica e norte-americana integraram a República Federal da Alemanha (RFA ou Alemanha Ocidental), capitalista; já a zona soviética originou a República Democrática Alemã (RDA, ou Alemanha Oriental), socialista. A capital, Berlim, que ficava na RDA, seguiu dividida nas quatro áreas de ocupação. Em 1961, para tentar impedir o fluxo de refugiados para a parte capitalista da cidade, o governo socialista ergueu o Muro de Berlim, isolando o lado oeste da capital.

O alinhamento internacional ficou evidente pela formação de duas alianças militares. EUA e Europa Ocidental uniram-se em 1949 na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Seis anos depois, URSS e o Leste Europeu constituíram o Pacto de Varsóvia. Os demais países alinharam-se a uma ou outra tendência ou integraram o Movimento Não Alinhado - que nunca atingiria coesão nem atuação significativas. A China, que se tornou socialista em 1949, com a Revolução Chinesa, permaneceu autônoma em relação à URSS a partir de 1960.

ENFRENTAMENTO

Em 1949, a URSS explodiu sua primeira bomba atômica, num teste controlado. Agora, as duas potências tinham a poderosa arma, e um conflito entre elas poderia destruir o mundo. Foi essa condição que deu origem a expressão Guerra Fria. Afinal, norte-americanos e soviéticos viviam em clima beligerante, mas não existia um confronto direto.

Indiretos, porém, houve vários. No Terceiro Mundo - como eram chamados na época os países em desenvolvimento -, as forças locais adversárias envolvidas em guerra civis e em movimentos anticoloniais acabavam se alinhamento  às superpotências, em busca de apoio, e aí a Guerra da Coreia (1950 - 1953), iniciada por causa da Coreia do Sul, capitalista, pela Coreia do Norte, socialista. Outros importantes conflitos que opuseram os dois blocos foram a Guerra do Vietnã, a Revolução Cubana, a Guerra civil em Angola (1961 - 2002) e a Revolução Sandinista, na Nicarágua (1969).

A Guerra Fria também foi caracterizada pela intervenções das potências em suas áreas de influência. A URSS reprimiu violentamente rebeliões na Hungria (1956) e na Tchecoslováquia (1968) e invadiu o Afeganistão (1979 - 1989). Os EUA, temendo o avanço socialista na América Latina, apoiaram sangrentas ditaduras militares em países da região, incluindo o Brasil.

Após a morte do líder soviético Josef Stálin, em 1953, e a ascensão de Nikita Kruschev, a URSS tentou reduzir a corrida armamentista implementando a política de Coexistência Pacífica. Seus efeitos, entretanto, foram limitados.

O momento mais tenso da Guerra Fria foi a crise dos mísseis. Em 1962, a URSS instalou secretamente ogivas nucleares em Cuba. Os EUA descobriram, e o presidente John Kennedy ordenou um bloqueio naval à ilha. Moscou enviou uma frota para um confronto, mas o líder soviético Nikita Kruschev cedeu e retirou os mísseis.

Afora as tensões bélicas, a disputa entre EUA e URSS estendia-se para várias outras esferas, como a esportiva, a cultural e a científica. Um importante capítulo da contenda foi a corrida espacial, uma acirrada competição tecnológica que culminou com a chegada do primeiro homem à Lua - O norte-americano Neil Armstrong - em 1969.


A Guerra Fria foi amenizada em 1973, quando as superpotências concordaram em desacelerar a corrida armamentista, por meio da Política da Détente. Porém, o acordo duraria apenas até a invasão soviética no Afeganistão, em 1979. O conflito global só esmoleceu, de fato, a partir de 1985, com a subida ao poder do líder soviético Mikhail Gorbachev.



PARA IR ALÉM: O filme Treze Dias que Abalaram o Mundo, de Roger Donaldson, retrata a crise dos misses em Cuba, em outubro de 1962, um dos episódios em que o mundo mais se aproximou de um confronto total durante a Guerra Fria. Outra boa pedida sobre o tema é o filme Doutor Fantástico, de Stanley Kubrick, que satiriza as tensões e o medo de destruição do planeta no período.

A HISTÓRIA HOJE

CRISE NA UCRÂNIA REVIVE DISPUTA ENTRE RÚSSIA E O OCIDENTE
A Ucrânia tornou-se alvo de uma tensa disputa entre a Rússia e o Ocidente - representado pelos Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE). A crise teve início quando o governo ucraniano rejeitou um acordo comercial com a UE para manter-se economicamente ligado à esfera de influência da Rússia. Inconformada com a decisão, parte da população ucraniana aderiu a protestos que resultaram na queda do presidente Viktor Yanucovich, em fevereiro de 2014.
A deposição de seu aliado gerou forte insatisfação do governo russo, que respondeu com a anexação da Crimeia, uma república autônoma da Ucrânia, em março. O fato abriu a mais grave crise envolvendo as grandes potências desde o fim da Guerra Fria. Em retaliação, EUA e UE aplicaram sanções econômicas à Rússia, enquanto o leste da Ucrânia passou a conviver com violentos distúrbios separatistas.


Págs. 74 e 75 (GE: HISTÓRIA: VESTIBULAR+ENEM 2018)

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