ANALISANDO PROPOSTAS DE REDAÇÃO:
IMAGINIE
ENEM VESTIBULARES

As dicas de redação é um dos assuntos mais procurados no blog Conhecimento Cerebral, por isso, pensando em uma maneira ainda melhor de ajudar ainda mais você, que tem uma atenção especial e necessita de um material de apoio de qualidade para ajudá-lo a praticar a escrita de redações do Enem Vestibulares, apresentamos a partir de agora uma nova série de matérias: Analisando Propostas de Redação: Imaginie - Enem & Vestibulares, que irá trazer os temas que mais caem nas provas (inclusive os de atualidades), e analisar as propostas e os exemplos de redações apresentados. O nosso principal objetivo é ajudá-lo e se tiver sugestões de temas ou quiser sua redação corrigida, você pode enviá-la através do email: conhecimentocerebral@gmail.com. Boa leitura e bons estudos!

NOVA PROPOSTA DE REDAÇÃO: "O LIVRE PORTE DE ARMAS NO BRASIL DEVE SER PERMITIDO?"


A proposta da redação desta semana já está no ar! Envie seu texto até o dia 09 de fevereiro e poderemos publicá-lo aqui no blog.

Para participar, é preciso criar um perfil de usuário na plataforma Imaginie, selecionar a proposta e seguir as instruções para o envio da redação diretamente pelo site. Os primeiros a se cadastrarem por meio desse link terão direito a uma correção, sempre feita por dois ou mais professores, seguindo os mesmos critérios do Enem. 

ATENÇÃO: Para que sua redação seja publicada no blog, é preciso desenvolver a proposta correspondente à semana de curso! Ou seja, para os textos enviados até o dia 19 de maio, a proposta deve ser a que está descrita abaixo.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O livre porte de armas no Brasil deve ser permitido?", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

No primeiro ano de vigilância, em 2004, o Estatuto do Desarmamento reduziu o número de assassinatos por arma de fogo no Brasil de pouco mais de 20 para 19 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A lei que restringe a venda e o porte de armas no país e que pode ser revogada por um projeto de lei em tramitação na Câmara interrompeu uma estatística com tendência de alta de quase 7% a cada ano.


Além disso, os casos de mortes por acidente e suicídios com armas de fogo caiu pela metade.

Os dados são do Mapa da Violência, pesquisa divulgada em 2014 com apoio da Unesco.

Daniel Cerqueira, diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, resume o efeito do estatuto sobre o índice de mortes:

"O Estatuto do Desarmamento, se não fosse ele, e se a gente, se a trajetória dos homicídios seguisse a que vinha antes do Estatuto do Desarmamento, a gente teria a mais 121 mil homicídios no Brasil. Então, o estatuto, ele foi uma lei que poupou vidas".

O pesquisador analisou o que aconteceu com o índice de violência nas regiões que mais conseguiram tirar armas das ruas, uma das exigências do Estatuto do Desarmamento. Ele comparou com aqueles onde a quantidade de armas de fogo na mão da população permaneceu o mesmo.

A conclusão é que os lugares onde mais armas foram apreendidas apresentaram taxas de homicídio até oito vezes menores.


TEXTO II

O viés da confirmação (a tendência de valorizar e interpretar fatos e estatísticas de modo que confirmem a própria opinião) está atuando em toda a força nas discussões sobre mudanças no Estatuto do Desarmamento.

Quem defende ou se opõe à medida, que facilitará a compra e o porte de armas, usa dados dos mais diversos sobre armas de fogo e violência. O complicado é que quase uma dose de verdade mesmo nas afirmações mais divergentes.

Pode-se afirmar, por exemplo, que países entre os mais pacíficos do mundo baniram armas para uso pessoal. É o caso do Japão, onde a taxa de homicídios é de 0,3 por 100 mil habitantes. (No Brasil, há oito armas a cada cem habitantes, a taxa de homicídios é de 20 por 100 mil). 

Mas a afirmação contrária também é possível. Alemanha, Suécia e Áustria têm mais 30 armas de fogo por cem habitantes - e as taxas baixíssimas de homicídio. Honduras, o país mais violento do mundo, tem proporcialmente muito menos armas (seis a cada cem habitantes).

Armar a população resulta em mais violência em um país? O economista Daniel Cerqueira, como mostrou a VEJA desta semana, concluiu que cada ponto porcentual de aumento do número de armas de fogo resulta num crescimento de 2% do número de vítimas.

Já Benê Barbosa, autor de Mentiram para mim sobre o desarmamento, mostra números opostos e igualmente convincentes. A violência despencou nos Estados Unidos na última década, enquanto a venda de armas de fogo subiu. No Brasil, os estados mais violentos são justamente os que possuem menos armas legalizadas.

É possível ainda que as armas de fogo tenham um efeito ambivalente - aumentem e ao mesmo tempo diminuam a violência. O maior porte de armas talvez faça crescer os números de homicídio e suicídio, mas reduza a taxa de furto, latrocínio e violência contra a mulher.

Nessa dança de estatísticas, cada um acredita no que quiser. Eu fico em cima do muro. O total de armas legalizadas não me parece um fator relevante para aumentar ou diminuir a violência em um país. O que determina a criminalidade é o império da lei.


TEXTO III



Disponível em http://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/curva-interrompida.html/ Acesso em 26 de outubro de 2017

ANALISANDO PROPOSTAS DE REDAÇÃO: IMAGINIE - ENEM & VESTIBULARES foi retirado do site IMAGINIE, 2017 (Acesso: 03/02/2019)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog