INTERNACIONAL


"CONFRONTOS ENTRE SOLDADOS ISRAELENSES E PALESTINOS DEIXAM AO MENOS 104 FERIDOS"
"Protestos na Cisjordânia e Faixa de Gaza contestam reconhecimento de Jerusalém como capital"


"JERUSALÉM - Confrontos entre soldados israelenses e palestinos deixaram ao menos 104 feridos em zonas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza nesta quinta-feira, informou o Crescente Vermelho, segundo o jornal 'Jerusalém Post'. Os protestos que contaram com a presença de milhares de palestinos emergiram diante da reação inflamada no mundo árabe após o presidente americano Donald Trump reconhecer Jerusalém como capital de Israel, conforme anunciado nesta quarta-feira. Nesta quinta-feira, o Hamas convocou uma nova intifada contra Israel, incitando os palestinos a se manifestarem nas ruas.
De acordo com o jornal israelense, a organização relatou que ao menos 14 manifestantes ficaram feridos por inalação de gás e outros dois por tiros de balas de borracha nas cidades de Tul Karm e Qalqilyah na Cisjordânia, informou o jornal 'Haaretz'. Outros dois se feriram na Faixa de Gaza em meio a protestos contra Trump.
Centenas de palestinos também compareceram a manifestações em Ramallah e Nablus, queimando imagens do presidente e da bandeira americana. Como reação aos atos de protesto, o Exército israelense recorre a métodos para dispensar a multidão, segundo o porta-voz."


"Diante da reação inflamada do mundo árabe, com protestos na Faixa de Gaza e na Turquia, o Exército israelense garantiu o envio de batalhões adicionais ao território palestinos da Cisjordânia, e indicou que outros setores das forças de segurança estão prontas para intervir como 'parte da preparação das IDF (Forças de Defesa de Israel) para possíveis desdobramentos'."

"CONVOCAÇÃO À NOVA INTIFADA"

"O grupo islâmico palestino Hamas convocou nesta quinta-feira um novo levante contra Israel. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh classificou a polêmica decisão do chefe de Estado americano como uma 'declaração de guerra contra os palestinos', segundo a 'Al-Jazeera'. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que vários outros países seguirão a decisão da Casa Branca, sem especificar quais.
- Devemos pedir e devemos trabalhar no lançamento de uma intifada diante do inimigo sionista. Só podemos enfrentar a política sionista apoiada pelos Estados Unidos com uma nova intifada - disse Haniyeh, num discurso em Gaza, frisando que Trump 'matou' o processo de paz entre israelenses e palestinos - Deixem 8 de dezembro ser o primeiro dia da intifada contra o ocupante - destacou."


"Haniyeh, eleito líder geral do grupo em maio, pediu que palestinos, muçulmanos e árabes se manifestem contra a decisão dos Estados Unidos na sexta-feira, a que chamou de 'dia da raiva'. Ele pediu à Autoridade Nacional Palestina (ANP) que tenha 'coragem suficiente para abandonar os acordos de Oslo e as condições arbitrárias para os palestinos nesses acordos', em referência à tentativa de mediação de paz entre Israel e Palestina na década de 1990, que resultaram na criação da ANP.
- E diante desses desafios, repito que nossa posição é que não haverá reconhecimento ou legitimação na ocupação do território da Palestina.
Israel e os Estados Unidos consideram o Hamas, que lutou em três guerras contra Israel desde 2007, uma organização terrorista. O grupo não reconhece o direito de existência de Israel e seus ataques suicidas desencadearam a mais recente intifada, de 2000 a 2005."


Notícia retirada do site O GLOBO, 07 de dezembro de 2017 (Acesso: 07/12/2017)

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