ECONOMIA

 

As informações a seguir foram retiradas do site do jornal DIÁRIO DO GRANDE ABC, por isso o conteúdo pertence exclusivamente ao site do jornal. A divulgação das informações somente tem objetivo de levar conhecimento a todos que acessam o Conhecimento Cerebral.

 

"MUITO ALÉM DOS NÚMEROS"

 

"Os números são frios, mas revelam uma realidade triste. Segundo os dados do Ministério do Trabalho, 24.132 pessoas perderam o emprego com carteira assinada nos oito primeiros meses de 2015. É como se metade da população do Rio Grande da Serra estivesse, ao mesmo tempo, sem trabalho.

Situação lamentável que expõe uma série de erros e que joga na cara da sociedade todos os dias o lado mais obscuro da crise político-econômico que atravessamos. O desemprego de hoje é dez vezes maior que o de um ano atrás. O que mudou tanto em nossa região em tão pouco tempo? De uma hora para outra as empresas perderam competitividade, ficaram com seus estoques encalhados e começaram a cortar postos de trabalho.

Do total de demitidos na nossa região este ano, 14,9 mil, ou 61,7%, pertenciam ao setor industrial. Outros 2.771 atuavam em serviços e 690 na construção. O único alento foi o comércio, que conseguiu empregar 5.086 pessoas.

Somos uma região altamente industrializada e fomos duramente atingidos pelo efeito da crise. As fabricantes de automóveis acusaram o golpe da queda de 21,4% nas vendas em relação aos oito primeiros meses de 2014. A solução foi pisar no freio da produção, até porque já não havia mais espaço nos pátios para estacionar o carro à espera de compradores, como este Diário mostrou várias vezes nos últimos tempos. Pior ainda quando o assunto são os caminhões, cuja comercialização teve baixa de 43%.

É sempre importante ressaltar que quando uma vaga é fechada na linha de produção de uma montadora, pelo menos outras cinco acabam sendo eliminadas no setor de autopeças.

O momento é crítico. E torna-se ainda mais complicado se levarmos em conta que não estamos falando apenas de números. E sim de trabalhadores. Gente que tem família para sustentar e obrigações a cumprir. Que, sem renda, vai deixar de honrar compromissos, de consumir...De viver dignamente."

 

Informações retiradas do site do jornal DIÁRIO DO GRANDE ABC - VERSÃO ONLINE, edição 16284 - Ano 58, pág. 2. 26 de setembro de 2015, sábado (Acesso: 26/09/2015)