DIREITOS HUMANOS: TEMAS POLÊMICOS





Ao longo dos últimos anos, o respeito aos Direitos Humanos tem estado presente na vida da população mundial. Os vestibulares, usam cada vez mais assuntos atualizados do cotidiano associados a Declaração Universal dos Direitos Humanos promovida pela Organização das Nações Unidas - ONUMas muitas pessoas, ainda têm dúvidas a respeito desse documento, e o que ele significa. Por isso, separamos seis matérias com temas polêmicos que englobam a atualidade e estão associados a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas antes disso, você sabe o que este documento representa para o mundo? 
Segundo fontes confiáveis pesquisadas, o principal objetivo dos Direitos Humanos é promover e garantir os direitos básicos a todo ser humano, como o direito à vida, liberdade e igualdade perante a lei. A proposta inicial da ONU ao criá-lo, era de evitar guerras, promover a paz e respeito. Por isso, este documento é universal e não pode ser modificado sem autorização da Organização das Nações Unidas.

ABORTO


A primeira matéria desta seleção, é sobre o aborto. Este é um dos temas mais polêmicos, principalmente nos países aonde ainda é ilegal, como o Vaticano. Mas diferentemente do que a grande maioria das pessoas pensam, o aborto já é permitido em 59 países, ou seja, 29,9% das nações mundiais permitem que as mulheres interrompam a gestação.  Entretanto, apesar de legal, em alguns destes países, ainda existem regras para que ele seja feito, como é o caso do Brasil, que só é permitido em caso de estupro e má formação fetal.




Abaixo você irá perceber quais são estas nações e em quais é permitido totalmente, com restrição e proibido.

Permitido sem restrições ou quando há risco de danos à saúde da mulher:
(59 países ou 29,9%)

ÁFRICA

  • África do Sul
  • Cabo Verde
  • Tunísia
AMÉRICA DO CENTRAL

  • Cuba
AMÉRICA DO NORTE

  • Canadá
  • Estados Unidos
AMÉRICA DO SUL

  • Guiana
  • Uruguai
ÁSIA

  • Barein
  • Camboja
  • Cazaquistão
  • China
  • Cingapura
  • Coréia do Norte
  • Mongólia
  • Nepal
  • Quirguistão
  • Tadjiquistão
  • Uzbequistão
  • Vietnã
EUROPA

  • Albânia
  • Alemanha
  • Armênia
  • Áustria
  • Azerbaidjão
  • Belarus
  • Bélgica
  • Bósnia-Herzegóvina
  • Bulgária e Croácia
  • Dinamarca
  • Eslováquia
  • Eslovênia
  • Espanha
  • Estônia
  • França
  • Georgia
  • Grécia
  • Holanda 
  • Hungria
  • Itália
  • Letônia
  • Lituânia
  • Luxemburgo 
  • Macedônia
  • Moldávia
  • Montenegro
  • Noruega 
  • Portugal
  • República Tcheca
  • Romênia
  • Rússia
  • Sérvia
  • Suécia
  • Suíça
  • Turquia
  • Ucrânia
OCEANIA

  • Austrália


Permitido quando a vida da mulher corre risco ou em outros casos* - *caso de estupro ou má formação fetal:
(56 países ou 28,4%)

ÁFRICA

  • Angola
  • Costa do Marfim
  • Egito
  • Gabão
  • Líbia
  • Madagascar
  • Malauí
  • Mali
  • Mauritânia
  • Nigéria
  • São Tomé e Príncipe
  • Senegal
  • Sudão
  • Sudão do Sul
  • Tanzânia
  • Uganda
AMÉRICA CENTRAL

  • Antígua e Barbuda
  • Dominica
  • Guatemala
  • Haiti
  • Honduras
  • Panamá 
  • República Dominicana
AMÉRICA DO NORTE

  • México
AMÉRICA DO SUL

  • Brasil
  • Paraguai
  • Suriname
  • Venezuela
ÁSIA

  • Afeganistão
  • Bangladesh
  • Brunei
  • Butão
  • Emirados Árabes U.
  • Filipinas
  • Iêmen
  • Indonésia
  • Irã
  • Iraque
  • Laos
  • Líbano
  • Mianmar
  • Omã
  • Sri Lanka
  • Territórios Palestinos
  • Timor Leste
EUROPA

  • Andorra
  • Irlanda
OCEANIA

  • Ilhas Marshal
  • Ilhas Salomão
  • Kiribati
  • Micronésia
  • Palau
  • Papua Nova Guiné
  • Tonga 
  • Tuvalu


Permitido em fatores sócioeconômicos:
(12 países ou 6,1%)

ÁFRICA

  • Zâmbia
AMÉRICA CENTRAL

  • Barbados
  • Belize
  • São Vicente e Granadinas
ÁSIA

  • Índia
  • Japão
  • Taiwan (Formosa)
EUROPA

  • Chipre
  • Finlândia
  • Islândia
  • Reino Unido
OCEANIA

  • Fiji

Proibido:
(11 países ou 5,6%)

ÁFRICA

  • Congo
  • Guiné-Bissau
  • República Centro-africana
  • República Democrática do Congo
  • Somália
AMÉRICA CENTRAL

  • El Salvador 
  • Nicarágua
AMÉRICA DO SUL

  • Chile
EUROPA

  • Malta
  • San Marino
  • Vaticano



Como podemos observar, a interrupção do feto, que para grande maioria das pessoas, é como se a própria mãe matasse seu filho, mesmo que este ainda não tenha nascido. E apesar de muitas contraditórias, parece que isso realmente se aplica à prática do aborto, pelo menos biologicamente. Estudos já comprovaram que à partir da descoberta da gestação, o feto já é um ser vivo, como demonstra inúmeros pesquisadores na área da Biologia. Segundo estes especialistas, quando o óvulo é fecundado e recebe o espermatozoide, as células responsáveis por este processo já começam a se formar. À partir da segunda até a sétima semana depois da fecundação, chama- se período embrionário, ou seja, o tempo em que o embrião humano é formado. Depois deste período, começa o processo de formação do feto, que segue até o nono mês de gestação. Esta tese é muito válida para as autoridades religiosas, como o cristianismo, e pessoas que são contra à prática abortiva. Os cristãos por exemplo, incluindo principalmente a Igreja, são totalmente contra a qualquer tipo de aborto, sem exceção.
Entretanto, como se observa nos dados acima, quanto aos países que permitem o aborto parcialmente, ou seja, com restrições, tais medidas não são aplicáveis. Para entender melhor, selecionamos alguns exemplos à partir dos dados informados anteriormente. Veja abaixo o primeiro exemplo:

  • Na Líbia o aborto é permitido somente quando há má formação do feto, descoberto através de exames,  ou se a gravidez é fruto de alguma violência, como é o caso do estupro. Além do país africano, o aborto é permitido nessas condições em mais 58 países.

Diferentemente do exemplo anterior, no Vaticano, o aborto é proibido, sem restrições. Um dos argumentos das autoridades do país, é que independentemente de como ocorreu a gestação, se desejada ou não, a gravidez já significa a formação de vida, e como tal, não pode em nenhuma hipótese, ser interrompida. Outro exemplo parecido, acontece no Chile, país do continente americano. Para os chilenos, a prática abortiva também não é permitida.
Apesar de está na lista de países que permitem o aborto em caso de risco à mulher ou violência sexual, no Brasil ainda não existe uma lei estabelecida para esta prática. Já foram elaborados inúmeros projetos para legalizar ou não a interrupção da gravidez. Porém, em algum momento durante o processo de aprovação, todos foram barrados e assim, cancelados. Segundo as autoridades brasileiras, por ser um tema polêmico e ter ligação direta com os Direitos Humanos da ONU, é difícil tomar alguma decisão. Sendo assim, o aborto ainda é considerado ilegal no país. Em consequência, o número de casos de mulheres que interrompem a gestação parece vir aumentando gradativamente, apesar de muitas pesquisas mostrarem o contrário. Outro agravante, é que a prática ilegal tem matado várias mulheres. Segundo levantamento, os principais motivos são que as gestantes procuram clínicas ilegais, com pouco ou nenhum preparo, e os responsáveis sem nenhum tipo de instrução; outros abortos são feitos na própria casa e muitas vezes, pela própria mulher, que utiliza de ervas venenosas à objetos perfurantes para interromper a gestação. Além disso, como muitas mulheres alegam, é impossível seguir com uma gestação quando o namorado ou companheiro as abandonam, os pais não aceitam, e as condições financeiras não ajudam. Ainda é possível afirmar que estas práticas são mais comuns na classe mais baixa, e nos estados menos favorecidos. No entanto, não é possível generalizar, já que acontece também entre meninas e mulheres ricas. Nas últimas pesquisas sobre o assunto, foi comprovado que a prática abortiva é mais comum entre meninas de 10 à 18 anos. Devido à baixa idade, estas gestações são 98% não planejadas, e quando acontecem, é impossível seguir com ela por uma série de fatores já citados.
Contudo, como podemos observar ao longo de todo o contexto analisado, o aborto apesar de legal em 29,9% dos países, ainda é um assunto que envolve muita polêmica. É importante que quando analisado, deve-se levar em consideração muitos fatores, que vão desde estudos e crenças religiosas, até às condições das quais há a prática abortiva.

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