CONHECIMENTO CEREBRAL DESTACA MEIO AMBIENTE!
 
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A seguinte matéria foi publicada pela revista Planeta, edição de junho de 2015. Portanto, todos os direitos autorais pertencem exclusivamente à revista, e não devem ser copiados sem a divulgação de seu nome.
 
"FIO DE ESPERANÇA"
"A COP21, conferência da ONU marcada para dezembro, em Paris, terá a difícil missão de definir um novo acordo mundial sobre a mudança climática em meio a diversos indicadores de que a situação está se agravando. Mas, aparentemente, desta vez os principais envolvidos no problema demonstram maior interesse em resolvê-lo"
 
 
"Desde que, em 1992, foi assinada no Rio de Janeiro a Convenção do Clima, na qual se assume a poluição causada pelos gases de efeito estufa é um problema sério e afeta a vida na Terra, a situação do planeta piorou. As temperaturas médias estão subindo, as geleiras derretem, o nível dos mares está se elevando; os eventos climáticos extremos são mais frequentes e causam mais impactos no meio ambiente. As más notícias recentes incluem, por exemplo, a ultrapassagem da marca de 400 partes por milhão de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera, em março (para os cientistas, 350 ppm era o limite 'seguro') e a extinção de 16% da biodiversidade até 2100 se nada for feito para mudar o quadro."
 

"Em dezembro, o mundo se reúne em Paris em uma nova conferência sobre mudança climática da ONU, a COP 21, para fechar um acordo global que, em 2020, substituirá o fracassado Protocolo de Kyoto, de 1997. Se isso serve de consolo, pode-se dizer que desta vez há uma boa vontade maior entre os países. Os Estados Unidos, por exemplo, que em 1992 lideraram o ranking de poluição atmosférica e não assinaram o Protocolo de Kyoto, já anunciaram suas metas (confira no quadro abaixo). A China, que em 1992 não era protagonista em questão e hoje é o maior poluidor do mundo, divulgou que pretende atingir o pico de suas emissões em 2030. Outros países já definiram suas propostas, mas alguns poluidores importantes, como índia e Brasil, ainda não se manifestaram."
 



"No fundo, qualquer acordo sobre o clima mexe com até hoje intocável pilar do desenvolvimento moderno: a dependência dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), um setor econômico poderosíssimo. Numa curiosa demonstração de esquizofrenia, enquanto fazem contas para cortar emissões de gases-estufa, os governos fornecem subsídios abundantes para a exploração desses produtos. Segundo um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em maio, as empresas do setor de combustíveis fósseis contam anualmente com subsídios globais de US$ 5,3 trilhões. É mais do que todos os governos gastam com saúde, diz o FMI. O grosso da conta considera o fato de que essas empresas não pagamos custos com que os governos têm de arcar por causa da queima de petróleo, gás e carvão. Esse item inclui, além dos gastos de saúde ligados à poluição atmosférica, todos os custos causados pelos fenômenos climáticos ligados ao aquecimento global, como secas e outros eventos extremos."


"Essas estimativas [de subsídio aos combustíveis] são chocantes', diz Vitor Gaspar, diretor do FMI e ex-ministro da Economia de Portugal. Para Nicholas Strem, economista britânico especializado em clima, o número é até modesto: 'Uma estimativa mais completa dos custos atribuídos à mudança climática mostraria que os subsídios implícitos dados aos combustíveis fósseis são muito maiores do que esse relatório sugere'. Segundo o estudo, o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis reduziria as emissões globais de gases-estufa em cerca de 20%. Por aí se vê que a briga em Paris vai ser titânica."
 

A matéria acima foi retirada da revista PLANETA - Ano 42 - edição 510, págs. 34, 35 e 36. Junho de 2015. Todos os direitos autorais são reservados exclusivamente à revista PLANETA e a Editora Três.
 
 

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